domingo, 31 de maio de 2009

Actuação do CS no Festével

Ontem foi um dia em cheio. Desde pegar em todo o cenário e partirmos para a estrada até a Pontevel que fica perto do Cartaxo. Para termos mais uma brilhante actuação, até diria mais, uma actuação soberba.

Estava muito calor, fomos para um local que não conhecíamos, mas que tem umas condições fantásticas, apesar de sentir que há algumas falhas. Fomos muito bem acolhidos e recebidos. Começamos a preparar tudo e por acaso até fomos rápidos e as coisas fluíram. O que é óptimo.

Depois tivemos o calcanhar de Aquiles do qual estou envolvido que foi as luzes. Colocar tudo em ordem para criar o ambiente e colocar as luzes no sitio certo. Foi uma tarefa árdua e demorou o seu tempo. O resto do elenco aguardou para iniciar o ensaio ainda uns bons minutos. E perante o cansaço e o calor alguns iam cedendo ao sono e iam descansando...

Eu comecei a entrar em desespero, porque os projectores da sala não são dignos de um palco como aquele... Mas conseguiu-se efectuar o que foi possível... E entrei em colapso mental quando verifiquei que não podia programar a mesa, porque ninguém sabia. Um elemento do grupo que tem muito mais experiência. Tentou e não conseguiu...confesso que tremi e fiquei com o coração nas mãos. Mas virei-me e disse para mim mesmo que sou capaz e felizmente mantive sempre esta postura e senti mesmo isso. Organizei-me o melhor possível para minimizar qualquer hipótese de falha. Por acaso sinto que o jantar fez-me muito bem.

Entretanto chega a hora do actuação e tudo correu bem. As condições que tinha não eram as melhores, para além de não conseguir programar a mesa, eu tinha que estar de pé e olhar para o palco de esguelha, pois da mesa não conseguia ver todo o palco. Mantive sempre muita calma e acho que fiz um excelente trabalho com aquilo que pude fazer.

Aconteceu um incidente com uma actriz que caiu mal e estava muito aflita do braço. Mas mesmo assim fez a peça até ao final e quando foi ao hospital foi diagnosticado uma luxação ao pé do cotovelo. Marcou-me a sua determinação e conseguir ter toda a capacidade de estar brilhante dentro do palco. Aliás todo o elenco foi fantástico, este muito bem. A que fez de cigana esteve excepcional, tal como o Joyce, Angie, Anil, Cyrus, Trevor, Achan e muitos mais.

No final fomos muito elogiados e foi compensatório ouvir rasgados elogios pelos organizadores do festival e por sentirmos que o nosso trabalho foi contemplado e maravilhado. É uma sensação muito rica. E deu também para mim ter uma noção de como se encontra o teatro amador a nível nacional. Foi gratificante e é gratificante fazer parte deste colossal grupo de teatro amador.

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